sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O Trampolim da Vitória!


Excelente dia, pracinhas

Tenho a impressão de que no imaginário do brasileiro pouco vagueia a noção do quão significativa e interessante foi a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Sobretudo o Nordeste teve uma função importantíssima, que garantiu que a guerra se encurtasse consideravelmente. 

Natal, a capital do Rio Grande do Norte, constitui-se como o ponto das Américas mais próximo do continente africano. É importante tomar nota de que a aviação da primeira metade do século passado era bastante diferente do que é hoje em dia. A maioria dos aviões americanos precisaria pousar diversas vezes para reabastecer até chegar ao seu destino final. Somente a cooperação entre Roosevelt e Vargas tornou possível a criação de uma base americana (Parnamirim Field) neste ponto estratégico, que garantiu uma ponte à África, e, consequentemente, à Europa. Por esta razão, existe a expressão "o trampolim da vitória". Através dessa posição estratégica, objetivava-se enviar com mais eficiência toda sorte de recursos para as forças aliadas, tendo um enfoque na campanha da Itália, na qual a Força Expedicionária Brasileira (FEB) inclusive se juntou ao exército americano no combate, mas isso é assunto para outra postagem. See ya!

                    

Abrigo para mais de dez mil soldados americanos¹, a cidade de Natal ficou marcada pela presença deles. 

[1] - «OS URBANITAS - Revista de Antropologia Urbana, Ano 5, v.5, nº 7, jul. 2008»

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Bombordo!

Bom dia, caro marujo!

Já se questionou sobre o que significa "Bombordo"? Estive assistindo uma gameplay do game World of Warships, na qual um dos players começou a explicar a origem da palavra, mas não chegou a concluir. Como um bom curioso, fui pesquisar.

Naturalmente, uma embarcação conta com duas bordas (estibordo/bombordo), uma parte frontal (proa) e uma parte traseira (popa). Quando estamos na embarcação, olhando para a proa, o bombordo fica ao nosso lado esquerdo. 

Durante as grandes navegações, os navios portugueses realizavam suas viagens ao Oriente seguindo pela costa da África, de forma que a borda ao lado do continente era sempre a esquerda. Era a borda boa, entenderam?

 Yo-ho-yo-ho!



terça-feira, 3 de abril de 2018

Abaixo do Sal

Caro leitor,

       Nesta primeira postagem estaremos desvendando a expressão inglesa 'below the salt'. Há algum tempo, vinha lendo devagarinho o livro "O Cavaleiro dos Sete Reinos", escrito pelo Tolkien americano - George R. R. Martin - e publicado aqui pela editora Leya. Terminei hoje; dia três de abril de dois mil e dezoito. 
      Enquanto lia a última das três novelas contidas na edição que tinha em mãos, me deparei com a curiosa expressão 'abaixo do sal', que me chamou atenção na verdade por conta da nota de rodapé referente a ela (que creio ser a única no livro). Bom, a nota de rodapé dizia que "a tal expressão vinha da Inglaterra Medieval, quando o sal era uma especiaria bastante cara. Nos banquetes realizados nesse período, o sal era colocado apenas no meio da mesa principal, ocupada pelo anfitrião e convidados mais ilustres. Os menos favorecidos, posicionados nas mesas mais distantes, estavam abaixo do sal" (p.369). Elementos históricos como esse, em histórias fantasiosas como esta, são fatores bastante enriquecedores da narrativa. George R. R. Martin dedicou grande parte do seu tempo estudando a história da Inglaterra, pela qual é fascinado. Game of Thrones, sua mais conhecida série de livros, foi inspirada na Guerra das Rosas, por exemplo. As referências são abundantes. 
       A expressão abaixo do sal  volta a ser usada no decorrer do livro mesmo sem estar havendo banquete algum. De certa forma, tornou-se uma expressão para se referir aos menos favorecidos em geral.


Imagem relacionada  
Saleiro do Rei Franciso I da França (século XIV).